sábado, 29 de janeiro de 2011

Amor, ódio, amor


Por favor, enxugue essas lágrimas, por favor, não chore mais, eu sei o quão é precioso esse momento para nós. Eu não queria que as coisas tomassem esse destino, sei que você ficará bem, sei que você merece alguém melhor, sei que alguém lhe completará, assim como você tanto deseja, me desculpe por ser tão direto, tão claro, tão sensível.
Dizem que o tempo cura, cura um destino? Cura uma escolha? Cura a tristeza que nós causamos nas pessoas? Cura o que? O que e quem poderá apagar determinadas coisas que ocorre nas pessoas e em nós mesmo? Cura pode existir, mas uma cura sem magoas acredito que não.
Por favor, me ajude. Não consigo escrever, as palavras que escrevo são as que eu vivi e superei de alguma forma, mas, aquelas que não são escritas ainda existem cicatrizes. Por favor, me mostre o caminho, porque onde existe escuridão não dá para enxergar sentimentos.
As coisas nunca estiveram tão terríveis, não vejo o caminho, o que está vindo? Da onde surgi essas pedras? O caminho é tão longo, a estrada é estreita, não vejo pessoas boas, vejo pessoas apenas, pessoas que não são verdadeiras. Se o amor é uma coisa tão boa então porque o ódio sempre o acompanha?
Vai embora, vai embora, agora sei o que você sentiu quando estava falecendo, senti aquele barulho, eu o escuto ainda hoje, por favor, não diga adeus. Não chore outra vez, vamos caminhar essa madrugada, sentir o sereno e respirar o silêncio, vamos nos abraçar a noite inteira. Eu nunca senti isso antes, por favor, aceite.
Por sua vida que será feliz sem mim, me desculpe, mas eu não tenho as respostas.




Philippi

Nenhum comentário:

Postar um comentário